A qualidade da pastagem é um dos fatores que mais impactam a produtividade da pecuária. E a escolha do capim adequado em cada período do ano faz toda a diferença nisso!
A boa notícia é que na época das águas ou da seca, é possível alcançar o resultado esperado: uma nutrição equilibrada e eficiente na criação de gado.
Como conseguir esse objetivo? A resposta está no decorrer deste blog…
Durante a leitura, conheça os principais tipos de capim e suas características, além de entender um pouco melhor a importância do planejamento da pastagem.
O impacto da pastagem para gado na lucratividade da fazenda
Já pensou que a sua fazenda pode ser mais lucrativa a partir de detalhes? Por exemplo, pergunte-se o que impacta a qualidade da carne e do leite para se ter uma ideia disso.
Com certeza, sua reflexão vai chegar até o tópico da alimentação balanceada, não é? Por isso, conhecer os tipos de capins é tão importante.
Então, ao melhorar a nutrição animal, também se melhora a composição dos produtos-finais e, por consequência, o valor deles no mercado.
Veja essa lógica: alimentação rica em proteína e energia resulta em bovinos saudáveis, com melhor ganho de peso e carcaças mais valorizadas.
Na prática, o leite passa a ter melhores níveis de gordura e proteína, assim como seus derivados, tais quais, queijos e iogurtes.
No caso da carne, até o sabor muda para melhor. E na linguagem técnica, é sobre ter melhor marmoreio e textura.
Ou seja, uma boa pastagem é sinal de maior produtividade, mas, também, de melhora na qualidade final dos seus produtos de origem animal.
Qual o melhor tipo de pastagem na pecuária?
Agora, a conta é simples: na escolha da pastagem, a gente considera o tipo de capim ideal. E, para isso, precisamos levar em conta:
- Tipo de solo;
- Clima da região;
- Necessidade nutricional do rebanho e
- Resistência à seca.
A partir desse estudo, a gestão da fazenda poderá se conectar com as principais soluções, incentivando uma pecuária de precisão.
Aliás, antes mesmo de conhecer essas variedades, veja essas curiosidades:
Capim mais nutritivo para gado?
Os capins do gênero Panicum maximum, como Mombaça e Tanzânia, são conhecidos por seu alto teor proteico e excelente digestibilidade. Portanto, ideais para gado de corte e leite.
Com maior proteína?
Entre as opções, o Capim Mombaça se destaca, com um teor proteico entre 10% e 12%, dependendo da adubação e manejo, conforme relatórios da Embrapa.
Que cresce mais rápido?
Em outro texto, a Embrapa diz que o Capim Massai apresenta um dos crescimentos mais rápidos, alcançando altura ideal no pastejo em pouco tempo após o corte.
Para sistemas ILP?
ILP é a Integração Lavoura-Pecuária e, também neste caso, tem uma variedade bastante indicada, o Capim Brachiaria. Ele garante a sustentabilidade da fazenda.
Os tipos de capins no período de águas e na seca
Acima, você viu alguns tipos de capins que são bem interessantes. Agora, chegou a hora de pontuarmos as alternativas conforme o período do ano, veja!
Período das águas
Durante o período das chuvas, a disponibilidade de água favorece o crescimento rápido e a maior oferta de forragem para o gado, certo?
Sabendo disso, algumas das melhores opções nessa época incluem:
Capim Marandu (Brachiaria brizantha cv. Marandu)
- Alta produtividade;
- Boa tolerância à seca;
- Resistente a pragas e doenças;
- Elevada aceitação pelos animais.
Capim Mombaça (Panicum maximum cv. Mombaça)
- Rico em proteínas e fibras digestíveis;
- Excelente taxa de crescimento;
- Alta taxa de lotação animal por hectare.
Capim Tanzânia (Panicum maximum cv. Tanzânia)
- Similar ao Mombaça, com folhas macias e elevada aceitação pelo gado;
- Bom rendimento de forragem e alta taxa de crescimento.
Capim Piatã (Brachiaria brizantha cv. Piatã)
- Boa adaptação a solos de fertilidade média;
- Alta produtividade e qualidade nutricional;
- Alta resistência ao pisoteio.
Período da seca
Já durante a seca, a disponibilidade de forragem diminui, exigindo estratégias como suplementação alimentar e escolha de capins mais resistentes.
Dessa forma, entre os tipos recomendados estão:
Capim Massai (Panicum maximum cv. Massai)
- Crescimento rápido e boa rebrota;
- Alta resistência à seca;
- Boa qualidade nutricional.
Capim BRS Zuri (Panicum maximum cv. BRS Zuri)
- Elevado teor proteico e excelente digestibilidade;
- Bom desenvolvimento em solos de média fertilidade;
- Alta capacidade de suporte animal.
Capim Xaraés (Brachiaria brizantha cv. Xaraés)
- Grande resistência à seca;
- Alta taxa de produção de forragem;
- Boa palatabilidade na alimentação de bovinos.
Capim Andropogon (Andropogon gayanus)
- Resistente a solos ácidos e inférteis;
- Boa tolerância a estiagens prolongadas;
- Mantém a oferta de forragem mesmo em condições adversas.
Então, como ter uma nutrição de qualidade o ano todo?
A fim de garantir a produtividade do rebanho em todas as épocas do ano é essencial planejar a pastagem. E isso é feito considerando:
- Escolha de variedades adaptadas à região e rebanho;
- Rotação de pastagens para evitar degradação do solo;
- Suplementação estratégica nos períodos de escassez.
Observe que nos meses de seca, a oferta de pastagem é reduzida, comprometendo a nutrição do rebanho.
Uma forma de minimizar esse impacto é suplementar com qualidade, criando concentrados protéicos e minerais que vão manter o desempenho animal.
Isso prova que o planejamento antecipado garante maior eficiência na alimentação e reduz prejuízos produtivos – até mesmo na estiagem!
Se você não sabe como fazer isso, pense na implantação de uma fábrica de ração. Ela pode ser um diferencial que atende essa necessidade, otimizando a alimentação do gado.
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