Uma das grandes adversidades da pecuária é a estiagem. Esse período de seca costuma causar grandes impactos ao setor, como aumento de custos e perda de gado.
O confinamento é uma solução que colabora com a redução desses efeitos. Mas, para isso, é preciso planejamento!
Ficou curioso? Então, continue a leitura para entender mais sobre o assunto e ter acesso a dicas de como minimizar as consequências da estiagem na pecuária.
Vamos lá?
Quais são os principais impactos da estiagem na pecuária?
A estiagem é o resultado de mudanças climáticas recorrentes que, infelizmente, afetam a produtividade na pecuária. Em outras palavras, é o período de seca prolongado.
Esse fenômeno pode ser desencadeado por diferentes fatores. Como, por exemplo, eventos climáticos e naturais, bem como atividades humanas. Isto é, o desmatamento e a poluição do meio ambiente.
De qualquer forma, com a estiagem há uma redução significativa na quantidade de chuvas. Sendo assim, o solo perde umidade e permanece sem a reposição da mesma devido a falta de água.
Assim, a distribuição da água na Terra é afetada, atrapalhando todo o ciclo hidrológico e, consequentemente, a produção pecuária. Afinal, haverá escassez de pastagens exigindo que, os pecuaristas, se apoiem na suplementação alimentar durante esse período.
O intuito aqui, durante esse tempo de seca, é evitar problemas de saúde animal, como desnutrição e desidratação, por exemplo. E, assim, garantir o desempenho e a qualidade da produção.
Portanto, o investimento em medidas de mitigação desses efeitos ajudam na saúde do rebanho, nos custos de produção e na qualidade de todas as ações da pecuária.
Como exemplo dos impactos da estiagem na pecuária, podemos citar as perdas geradas no Norte de Minas Gerais. Segundo uma matéria do G1, em dezembro de 2023, a maior parte dos 123 municípios que decretaram emergência por conta da estiagem estão localizados na região.
A falta de chuva nessas áreas gerou:
- Perda de 90% nas lavouras de feijão e milho;
- Queda de 30% na produção leiteira;
- Perda de 70% das pastagens semeadas entre outubro e dezembro;
- Dificuldade para manter o pasto existente.
Esses prejuízos geraram emagrecimento progressivo do rebanho e mortes de animais por falta de alimento. Além disso, a comercialização do gado que permaneceu, também foi afetada devido à queda do preço.
Confinamento: como planejar?
O confinamento é uma das principais práticas utilizadas na pecuária durante a estiagem. Ela ajuda a garantir a eficiência produtiva nesse período e a manter as atividades sem paralisações ou grandes perdas.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o confinamento permite:
- Redução da idade de abate dos animais;
- Produção de carne de melhor qualidade;
- Retorno do capital investido em curto prazo;
- Descanso das áreas de pastagem durante a seca;
- Aumento do peso de abate;
- Melhor rendimento de carcaça.
Essa é uma importante ação, tendo em vista que influencia no planejamento do pecuarista para este período. Com ela, o produtor será capaz de diminuir os efeitos da seca e, portanto, garantir a constância das atividades, gerando produtividade.
De todo modo, o confinamento nada mais é do que a estratégia de manter os animais em um espaço reduzido e específico. Aqui, será fornecido alimentos, água e abrigo adequados em busca do bem-estar animal e do desenvolvimento da produção.
Assim, será possível controlar a alimentação durante os períodos de seca e evitar a perda de peso e desnutrição. Logo, planejar esse processo é fundamental para garantir a viabilidade econômica e saúde do animal.
Veja, a seguir, algumas dicas que colaboram com a estruturação do confinamento nos períodos de estiagem!
1. Faça um planejamento financeiro
O primeiro passo para o confinamento é o planejamento financeiro. Sem essa etapa, não será possível antecipar as ações de maneira satisfatória e viável economicamente.
Isso porque os custos de produção poderão elevar devido à necessidade de estocagem de alimentos e água. O importante, aqui, é avaliar e detalhar todos os gastos necessários para o correto confinamento, desde estruturas a recursos.
Com essas informações em mãos, busque entender os ganhos dessa prática e considere soluções que irão reduzir os impactos econômicos. Como, fazer parcerias com fornecedores locais, por exemplo.
2. Monte um estoque eficiente
Lembre-se! Todo o objetivo do confinamento na estiagem é controlar a alimentação do gado, evitando o emagrecimento e desnutrição. Logo, deve-se investir em uma boa estrutura e um estoque eficiente.
É preciso captar e armazenar, corretamente, os alimentos necessários para os animais, durante o período de seca. Ou seja, feno, silagem, concentrados e demais suplementos alimentares.
Além disso, é extremamente importante que o acesso à água seja facilitado e suficiente. Considere instalar bebedouros adequados e um sistema de captação de água da chuva, com reservatório e cisterna, por exemplo.
Também evite o desperdício no manejo com animais e na irrigação, e aposte no cultivo que ajudam a conservar os recursos hídricos no solo.
Por fim, não deixe de monitorar, regularmente, a disponibilidade da água para evitar desidratação.
Infelizmente, não há como prever, com assertivamente, o início e o fim da estiagem. Como vimos, são muitos os fatores que influenciam esse fenômeno, dificultando essa antecipação.
Contudo, o ideal é seguir como padrão, a produção do ano anterior. Para, assim, garantir que haja, o máximo possível, de alimentação e água durante esse período.
3. Considere o conforto térmico e crie um plano de manejo sanitário
Outro ponto de atenção, durante a estiagem, deve ser quanto ao conforto térmico. Nos períodos de seca, é comum as altas temperaturas devido à baixa umidade no solo.
Logo, a falta de sombra pode causar estresse aos animais e, até mesmo, atrapalhar a produção de leite. Já que, a ordenha precisa ser realizada em uma temperatura amena, por exemplo.
Então, se atente ao sistema de ventilação e resfriamento do local em que os animais estarão confinados. Somente assim será possível promover o conforto e, consequentemente, a produtividade.
Em todo o momento, considere a implementação do manejo sanitário rigoroso para evitar doenças e problemas de saúde. Isso inclui vacinação, controle de parasitas e monitoramento da saúde dos animais.
4. Realize o monitoramento constante
Como deu para perceber, o monitoramento constante é essencial para evitar prejuízos durante a estiagem na pecuária. Essa prática ajuda a prever e prevenir problemas à saúde e ao bem-estar animal.
Sendo assim, avalie regularmente:
- As condições dos animais;
- Qualidade da alimentação e da água;
- Condições ambientais;
- Possíveis sinais de estresse, desidratação ou transtornos de saúde.
Após a identificação de qualquer adversidade, estabeleça medidas corretivas e de controle, se necessário.
5. Invista na fabricação da sua própria ração
Por fim, invista na fabricação própria de ração para gado na seca. Essa é uma ação estratégica que gera economia, rentabilidade e bem-estar animal ao aumentar a capacidade produtiva.
Com a fábrica na fazenda, será possível controlar a produção e a qualidade do alimento e do suplemento. Inclusive, a correta suplementação alimentar é a ação mais indicada pela Embrapa, durante a estiagem.
Isso porque o suplemento animal colabora com o padrão nutricional da alimentação do gado, evitando prejuízos à atividade pecuária. Ou seja, atua como um complemento à alimentação, gerando o alto desempenho.
Além das vantagens já citadas, a fábrica de ração na fazenda gera ganhos como:
- Autonomia e flexibilidade, reduzindo os impactos causados pela oscilação do mercado e do clima;
- Diminuição de contaminação alimentar;
- Possibilidade de formulação de rações balanceadas;
- Redução de custos ao eliminar o investimento em produtos industrializados;
- Possibilidade de comercialização da ração, como renda extra.
> Leia também: Como montar uma fábrica de ração: principais equipamentos e necessidades
Próximos passos!
Com base no que foi apresentado ao longo do texto, podemos dizer que a estiagem é um dos grandes desafios da pecuária. Assegurar a qualidade das ações nesse período é essencial para obter o constante desenvolvimento do gado.
Uma das maneiras de garantir isso é através de ações planejadas, como o confinamento. Bem como, a produção de ração e suplementação na própria fazenda, reduzindo custos e aumentando o controle de qualidade.
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