A carne brasileira ajuda a alimentar o mundo, alcançando 159 países, segundo o MAPA. Porém, este setor sofre pressão internacional, exigindo uma gestão transparente da cadeia. Logo, a pecuária sustentável pode fazer toda a diferença!
Basicamente, ela visa conciliar o menor impacto ambiental com a rentabilidade da atividade! Mas, é possível?
Essa é uma pergunta amplamente debatida! Adiantamos que sua aplicação é viável, mesmo que enfrente alguns desafios.
Neste artigo explicaremos o que é a pecuária sustentável, as possibilidades para pecuaristas e as dificuldades de implantação. Vamos lá?
O que é a pecuária sustentável?
A pecuária sustentável é um conjunto de práticas e operações promotoras do crescimento econômico e da lucratividade, sem comprometer o meio ambiente no médio e longo prazo.
Esse tema é parte integrante do desenvolvimento sustentável que, segundo a WWF, significa:
“Capacidade de suprir as necessidades da geração atual, garantindo a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações”.
Essa é uma forma de desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Portanto, é sobre agir hoje pensando no amanhã.
Entretanto, ainda é comum associar o conceito de sustentabilidade às agendas políticas ou dizer que é apenas Marketing para “agradar compradores”.
Na prática, essa é uma demanda real e urgente, com efeitos diretos nos âmbitos econômico, social e ambiental.
Vantagens da pecuária sustentável
A pecuária sustentável garante a preservação dos recursos naturais e do meio ambiente. Dessa forma, ela visa:
- Reduzir o desmatamento;
- Aumentar a eficiência produtiva;
- Promover a conservação ambiental;
- Mitigar as mudanças climáticas;
- Contribuir com a manutenção dos ecossistemas.
Também promove o bem-estar do rebanho, com condições adequadas, nutrição saudável e práticas de manejo humanitário. Portanto, promovendo a qualidade dos produtos de origem animal.
A prática não se limita apenas a aspectos ambientais, mas também considera os impactos sociais e econômicos.
Na questão social, a aplicação da pecuária sustentável permite:
- Desenvolvimento do setor;
- Condições de trabalho dignas para funcionários;
- Melhoria da qualidade de vida nas comunidades rurais.
Do ponto de vista econômico, oferece benefícios significativos para pecuaristas. Um recente levantamento citado pela Comex do Brasil sobre as preferências de consumo de carne por chineses deixou isso bem claro.
Segundo o estudo, os consumidores chineses estão dispostos a pagar, em média, 22,5% a mais pelo quilo da carne brasileira, desde que ela tenha a certificação de origem.
Este é um certificado indicativo de que os rebanhos foram criados em áreas que atendam às exigências legais do código florestal.
Ou seja, além de ambientalmente responsável, a carne sustentável pode ter seu valor agregado e com consumidores dispostos a pagar mais.
Em resumo, ao promover uma cultura sustentável, o pecuarista obtém vantagens competitivas importantes:
- Maior credibilidade no mercado, especialmente diante de compradores exigentes, tanto no mercado interno, quanto externo;
- Otimização de recursos valiosos (ração, água e tempo);
- Aprendizado constante;
- Desenvolvimento que preza pelo meio ambiente.
E os desafios? Quais são mais importantes?
Embora promissora e necessária, a transição para uma pecuária sustentável enfrenta diversos desafios.
Eles precisam ser melhor entendidos e gerenciados para alcançar uma produção eficiente, ambientalmente responsável e socialmente justa.
Os principais desafios são:
Ausência de conectividade
Mesmo com muitos avanços tecnológicos recentes, a falta de conectividade ainda é um entrave para o agronegócio brasileiro.
Segundo um estudo citado pelo Jornal da USP, apenas 16% das propriedades rurais do País têm acesso à conexão de internet de qualidade.
Como resultado, os pequenos e médios agricultores são fortemente afetados pela ausência dessa tecnologia, inclusive para a aplicações sustentáveis.
Falta de dados consistentes
O segundo desafio alinha-se diretamente ao primeiro. Assim, está relacionado à falta de dados consistentes e abrangentes.
A lacuna de informações impede uma compreensão aprofundada dos impactos ambientais, econômicos e sociais da atividade.
Por consequência, tal desafio dificulta a implementação de políticas públicas realmente eficazes, assim como a avaliação do progresso das ações.
Rastreabilidade não obrigatória
Os desafios anteriormente apresentados são muito importantes. Porém, na pecuária brasileira, a rastreabilidade da carne bovina ainda é um problema. Ela é obrigatória apenas para vegetais e frutas frescas (nacionais e importadas).
Para a pecuária, até existe a instrução normativa nº 51/2018, do MAPA, que instituiu o Sisbov (Sistema Brasileiro de Identificação de Bovinos e Búfalos). Entretanto, a sua adesão é voluntária, como destacado no artigo 7, que diz:
“A adesão dos produtores rurais ao SISBOV é voluntária, exceto quando definida sua obrigatoriedade em ato normativo próprio, ou exigida por controles ou programas sanitários oficiais”.
Associado a isso, a ausência de políticas públicas claras é um desafio a ser superado. Afinal, faltam incentivos às práticas sustentáveis e repreensão da pecuária tradicional (predatória).
5 estratégias para adotar a pecuária sustentável
Para o sucesso da pecuária sustentável, seja de animais a pasto ou em confinamento, se basear em três pilares principais é fundamental:
- Proteção do meio ambiente;
- Sustentabilidade econômica da atividade;
- Bem-estar dos animais.
Baseado nisso, é essencial que você desenvolva um plano de gestão para compreender esses 5 aspectos importantes:
1. Entenda as melhores práticas para cada necessidade
Nenhum pecuarista consegue fazer a transição completa para uma pecuária totalmente sustentável! Logo, entender as necessidades de cada sistema é fundamental para encontrar práticas que realmente funcionem.
É possível adotar práticas em diversas vertentes:
- Alimentação do gado, como manejo de pastagens e preservação dos recursos hídricos;
- Correta destinação e manutenção dos dejetos, como a compostagem;
- E muitas outras possibilidades!
2. Implemente ações sustentáveis de manejo de pastagens
As práticas sustentáveis preservam o meio ambiente e a qualidade da carne/leite. Por isso, priorize a preservação do solo, da vegetação e da água.
O pastejo rotacionado, por exemplo, é um método que garante que o solo e a vegetação se recuperem de forma mais eficiente. Isso ajuda a manter a produtividade do pasto e reduzir a necessidade de custos extras com insumos.
3. Garanta o bem-estar dos animais
O bem-estar dos animais é uma parte importante da sustentabilidade. Certifique-se que eles tenham acesso a abrigo adequado e a água limpa e fresca.
Também garanta que o rebanho seja manuseado dignamente. Alguns avanços tecnológicos podem contribuir, inclusive na pecuária leiteira.
4. Gerencie os resíduos corretamente
A gestão de resíduos e subprodutos é bastante delicada para os sistemas de produção. Mas, se você quer ter uma conduta sustentável, precisa investir em equipamentos e técnicas que garantam um gerenciamento seguro e responsável.
Entre os processos a serem considerados estão:
- Compostagem do esterco;
- Utilização de subprodutos para a formulação de rações ou para a produção de energia.
5. Crie um plano nutricional saudável para o rebanho
A alimentação e a nutrição adequadas são ideais para a saúde e o bem-estar dos animais, assim como para a sustentabilidade produtiva.
Para criar um bom plano, é importante avaliar a qualidade dos alimentos disponíveis. Além disso,considerar a possibilidade de cultivar forragens, produzir grãos na propriedade e ter uma fábrica de ração própria!
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Ração de qualidade: fundamental para uma pecuária mais sustentável
Como você viu, a ração desempenha um papel fundamental para alcançar a pecuária sustentável. Ao fornecer os nutrientes necessários aos animais, ela contribui para impulsionar uma produção animal responsável e eficiente.
Quando a qualidade nutricional é prioridade, será possível:
- Melhorar a saúde e bem-estar animal;
- Garantir eficiência alimentar;
- Impulsionar a conversão alimentar, com redução das emissões de gases do efeito estufa;
- Diminuir impacto ambiental;
- Aumentar a qualidade da carne e do leite, atendendo às demandas de um mercado exigente;
- Implementar a sustentabilidade econômica.
Além disso, fabricar a ração na própria fazenda é uma forma de garantir a saúde e bem-estar dos animais, e também reduzir o custo de produção animal.
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