Pecuária intensiva e extensiva: entenda as diferenças!

por | 30 jul, 2024 | Pecuária | 0 Comentários

O mundo vem acompanhando a evolução do Brasil no mercado da carne bovina. Figuramos na segunda posição no quesito produção e somos líderes em exportação. Todo esse sucesso é decorrente da eficiência da nossa pecuária intensiva e extensiva.

Quando bem manejados e gerenciados, estes modelos rendem bons resultados. Mas há diferenças entre eles. A criação extensiva ocorre à pasto. A intensiva é baseada em confinamento.

Porém, as disparidades não param por aí. Para entendê-las, convidamos você a ler este artigo. Conheça as características, vantagens e desvantagens de cada uma dessas formas de aplicar a pecuária. Boa leitura! 

Cenário da pecuária intensiva e extensiva brasileira

A pecuária nacional tem papel essencial na produção de alimentos e na geração de renda para o agronegócio brasileiro.

Com um rebanho estimado de 202,78 milhões de cabeças em 2022, segundo o relatório Beef Report 2023, o Brasil praticamente viu esse número mais do que dobrar em relação aos anos 70.

Antes importador, hoje temos autossuficiência na produção de carne bovina. Em 2022, 71,48% da produção foi destinada ao mercado interno. O excedente é exportado, que ajuda o país a manter a condição de maior exportador de carne bovina do mundo.

Em 2022, 2,26 milhões de toneladas de carne foram comercializadas para 150 países, com receita anual de US$ 12,97 bilhões.

Além disso, do total de 42,31 milhões de animais abatidos, apenas 18,2% foram terminados em confinamento. Isso comprova que a maior parte do gado brasileiro é criado em sistema extensivo, ou seja, a pasto.

O que é pecuária extensiva?

O que é pecuária extensiva?

A pecuária extensiva é o sistema de produção mais tradicional no Brasil. Nela, a engorda do gado ocorre em grandes áreas, a pasto.

A lotação de animais é baixa e eles são deixados livres, se alimentando das pastagens.

A Embrapa salienta que quase 90% da carne brasileira é proveniente de gado criado a pasto. Por isso, as pastagens representam uma grande vantagem competitiva da pecuária brasileira.

Vantagens e desvantagens da pecuária extensiva

Como maior vantagem, este modelo de criação demanda baixo investimento. E, mesmo que a suplementação e a reposição mineral sejam aconselhadas, o custo ainda é menor em comparação com o sistema intensivo.

A liberdade e espaço é outro benefício interessante. Essa necessidade é suprida sem gerar gastos adicionais e trazendo bons resultados.

A grande desvantagem é a impossibilidade de controlar o desempenho dos animais, já que o rebanho fica espalhado por longas áreas dentro da propriedade.

Outro problema é a carência de nutrientes em muitas pastagens, resultando em baixa capacidade de suporte, devido à menor produtividade das forrageiras. Um estudo recente da Embrapa publicado na revista internacional Land comprova isso.

Segundo o artigo, existem aproximadamente 28 milhões de hectares de pastagens plantadas no Brasil com níveis intermediários e severos de degradação. Ou seja, não atendem a demanda do gado.

Durante o inverno, essa dificuldade é maior, visto que as pastagens ficam mais escassas, reduzindo a produção de forragem.

Entretanto, essas dificuldades são contornadas com estratégias nutricionais específicas, como a suplementação animal. 

O que é a pecuária intensiva?

O que é a pecuária intensiva?

A pecuária intensiva é caracterizada pela criação de animais em áreas restritas, ou seja, em confinamento. Esse modelo proporciona maior número de cabeças no menor espaço possível, com alta taxa de lotação. 

O foco desse sistema é a elevada produtividade. Para isso, toda a oferta de alimentos ocorre em cocho, mediante estratégias nutricionais específicas, que se unem às demais técnicas para impulsionar a produtividade do rebanho.

As fazendas que desenvolvem suas atividades no modelo intensivo investem alto em tecnologia, incluindo a inseminação artificial, animais selecionados e maquinários modernos.

Vantagens e desvantagens da pecuária intensiva

A principal vantagem do investimento na pecuária intensiva é, sem dúvidas, a elevada produtividade alcançada em função das estratégias alimentares adotadas.

Para um bom desempenho dos animais, há a formulação e fabricação de rações bem balanceadas, que incluem silagem ou pasto de qualidade (no semiconfinamento). 

Tais rações, quando fabricadas na própria fazenda, trarão importantes benefícios.

Neste modelo, o peso de abate é obtido em menor tempo, bem como há maior rendimento da carcaça no período de terminação.

Também são vantagens da pecuária intensiva a maior capacidade de controle sobre os indicadores zootécnicos e de saúde do gado, potencializando os resultados.

A principal desvantagem apontada é o alto custo de implantação e produção. Para ter uma estrutura completa, há a exigência de elevados investimentos, assim como ocorre com a alimentação do gado.

Além disso, para assegurar o bem-estar animal, as estruturas devem oferecer a ambiência ideal para os bovinos. Caso contrário, a produtividade do rebanho pode ser impactada severamente.

Mas afinal, qual é o melhor sistema de produção de gado?

Na pecuária, a escolha do sistema produtivo a ser aplicado é fundamental para melhores resultados. No entanto, é preciso enfatizar que não há um modelo melhor que o outro.

Seja a pasto ou em confinamento, tudo vai depender das estratégias adotadas. Por isso, é preciso levar em consideração, fatores como:

  • Disponibilidade de espaço;
  • Capital para investimento;
  • Nível de controle do rebanho;
  • Tipo de gado criado;
  • Expectativas em relação ao negócio;
  • Experiência do pecuarista; entre outros.

Ou seja, tanto a pecuária intensiva quanto a extensiva têm suas particularidades, benefícios e dificuldades. Mas, quando bem conduzidas, podem atender a diferentes demandas.

Fabrique a ração de seus animais na fazenda e saia na frente!

Como você viu, a oferta de alimentação suplementar é uma exigência para quem pretende engordar animais em confinamento e uma ótima recomendação para animais a pasto.

Logo, essa medida contribui com significativos ganhos de produtividade, tanto para a pecuária extensiva, quanto a intensiva.

Diante dessa possibilidade, uma ótima dica para aumentar a produtividade do gado e reduzir custos é investir em uma fábrica de ração na própria fazenda.

Com essa estratégia, a alimentação será: 

  • Mais equilibrada; 
  • Nutricionalmente adequada; 
  • Conforme as demandas dos animais. 

Da mesma forma, a fazenda também terá maior autonomia e flexibilidade que trarão melhores resultados.

Então, saiba como implementar uma fábrica de ração e impulsione o sucesso da sua fazenda! Nós, da CSJ, podemos ajudar!

Com alta experiência neste mercado, temos soluções completas para essa necessidade. Confira nosso material e entenda como montar a sua própria fábrica de ração.

Passo a passo para montar sua própria fábrica de ração

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