O mundo vem acompanhando a evolução do Brasil no mercado da carne bovina. Figuramos na segunda posição no quesito produção e somos líderes em exportação. Todo esse sucesso é decorrente da eficiência da nossa pecuária intensiva e extensiva.
Quando bem manejados e gerenciados, estes modelos rendem bons resultados. Mas há diferenças entre eles. A criação extensiva ocorre à pasto. A intensiva é baseada em confinamento.
Porém, as disparidades não param por aí. Para entendê-las, convidamos você a ler este artigo. Conheça as características, vantagens e desvantagens de cada uma dessas formas de aplicar a pecuária. Boa leitura!
Cenário da pecuária intensiva e extensiva brasileira
A pecuária nacional tem papel essencial na produção de alimentos e na geração de renda para o agronegócio brasileiro.
Com um rebanho estimado de 202,78 milhões de cabeças em 2022, segundo o relatório Beef Report 2023, o Brasil praticamente viu esse número mais do que dobrar em relação aos anos 70.
Antes importador, hoje temos autossuficiência na produção de carne bovina. Em 2022, 71,48% da produção foi destinada ao mercado interno. O excedente é exportado, que ajuda o país a manter a condição de maior exportador de carne bovina do mundo.
Em 2022, 2,26 milhões de toneladas de carne foram comercializadas para 150 países, com receita anual de US$ 12,97 bilhões.
Além disso, do total de 42,31 milhões de animais abatidos, apenas 18,2% foram terminados em confinamento. Isso comprova que a maior parte do gado brasileiro é criado em sistema extensivo, ou seja, a pasto.
O que é pecuária extensiva?
A pecuária extensiva é o sistema de produção mais tradicional no Brasil. Nela, a engorda do gado ocorre em grandes áreas, a pasto.
A lotação de animais é baixa e eles são deixados livres, se alimentando das pastagens.
A Embrapa salienta que quase 90% da carne brasileira é proveniente de gado criado a pasto. Por isso, as pastagens representam uma grande vantagem competitiva da pecuária brasileira.
Vantagens e desvantagens da pecuária extensiva
Como maior vantagem, este modelo de criação demanda baixo investimento. E, mesmo que a suplementação e a reposição mineral sejam aconselhadas, o custo ainda é menor em comparação com o sistema intensivo.
A liberdade e espaço é outro benefício interessante. Essa necessidade é suprida sem gerar gastos adicionais e trazendo bons resultados.
A grande desvantagem é a impossibilidade de controlar o desempenho dos animais, já que o rebanho fica espalhado por longas áreas dentro da propriedade.
Outro problema é a carência de nutrientes em muitas pastagens, resultando em baixa capacidade de suporte, devido à menor produtividade das forrageiras. Um estudo recente da Embrapa publicado na revista internacional Land comprova isso.
Segundo o artigo, existem aproximadamente 28 milhões de hectares de pastagens plantadas no Brasil com níveis intermediários e severos de degradação. Ou seja, não atendem a demanda do gado.
Durante o inverno, essa dificuldade é maior, visto que as pastagens ficam mais escassas, reduzindo a produção de forragem.
Entretanto, essas dificuldades são contornadas com estratégias nutricionais específicas, como a suplementação animal.
O que é a pecuária intensiva?
A pecuária intensiva é caracterizada pela criação de animais em áreas restritas, ou seja, em confinamento. Esse modelo proporciona maior número de cabeças no menor espaço possível, com alta taxa de lotação.
O foco desse sistema é a elevada produtividade. Para isso, toda a oferta de alimentos ocorre em cocho, mediante estratégias nutricionais específicas, que se unem às demais técnicas para impulsionar a produtividade do rebanho.
As fazendas que desenvolvem suas atividades no modelo intensivo investem alto em tecnologia, incluindo a inseminação artificial, animais selecionados e maquinários modernos.
Vantagens e desvantagens da pecuária intensiva
A principal vantagem do investimento na pecuária intensiva é, sem dúvidas, a elevada produtividade alcançada em função das estratégias alimentares adotadas.
Para um bom desempenho dos animais, há a formulação e fabricação de rações bem balanceadas, que incluem silagem ou pasto de qualidade (no semiconfinamento).
Tais rações, quando fabricadas na própria fazenda, trarão importantes benefícios.
Neste modelo, o peso de abate é obtido em menor tempo, bem como há maior rendimento da carcaça no período de terminação.
Também são vantagens da pecuária intensiva a maior capacidade de controle sobre os indicadores zootécnicos e de saúde do gado, potencializando os resultados.
A principal desvantagem apontada é o alto custo de implantação e produção. Para ter uma estrutura completa, há a exigência de elevados investimentos, assim como ocorre com a alimentação do gado.
Além disso, para assegurar o bem-estar animal, as estruturas devem oferecer a ambiência ideal para os bovinos. Caso contrário, a produtividade do rebanho pode ser impactada severamente.
Mas afinal, qual é o melhor sistema de produção de gado?
Na pecuária, a escolha do sistema produtivo a ser aplicado é fundamental para melhores resultados. No entanto, é preciso enfatizar que não há um modelo melhor que o outro.
Seja a pasto ou em confinamento, tudo vai depender das estratégias adotadas. Por isso, é preciso levar em consideração, fatores como:
- Disponibilidade de espaço;
- Capital para investimento;
- Nível de controle do rebanho;
- Tipo de gado criado;
- Expectativas em relação ao negócio;
- Experiência do pecuarista; entre outros.
Ou seja, tanto a pecuária intensiva quanto a extensiva têm suas particularidades, benefícios e dificuldades. Mas, quando bem conduzidas, podem atender a diferentes demandas.
Fabrique a ração de seus animais na fazenda e saia na frente!
Como você viu, a oferta de alimentação suplementar é uma exigência para quem pretende engordar animais em confinamento e uma ótima recomendação para animais a pasto.
Logo, essa medida contribui com significativos ganhos de produtividade, tanto para a pecuária extensiva, quanto a intensiva.
Diante dessa possibilidade, uma ótima dica para aumentar a produtividade do gado e reduzir custos é investir em uma fábrica de ração na própria fazenda.
Com essa estratégia, a alimentação será:
- Mais equilibrada;
- Nutricionalmente adequada;
- Conforme as demandas dos animais.
Da mesma forma, a fazenda também terá maior autonomia e flexibilidade que trarão melhores resultados.
Então, saiba como implementar uma fábrica de ração e impulsione o sucesso da sua fazenda! Nós, da CSJ, podemos ajudar!
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