Ter sucesso na criação de gado, aliando eficiência, qualidade, produtividade e lucratividade é uma prioridade para 10 entre 10 pecuaristas. Mas, este não costuma ser um processo fácil!
O Brasil detém o maior rebanho comercial do mundo, com cerca de 234,4 milhões de cabeças, segundo dados do IBGE. Contudo, o desafio ainda é grande.
Em um setor onde as margens de lucro são apertadas, cada detalhe faz a diferença, desde a escolha da raça até o alimento servido no cocho. Assim, seja para a produção de leite ou de carne, uma boa gestão é sempre essencial!
No artigo de hoje, entenda a importância da criação de gado para a economia brasileira e acompanhe algumas dicas para se aproximar do sucesso neste setor.
Criação de gado: por que é importante para a economia brasileira?
A agropecuária é um dos setores mais importantes para a economia do Brasil. Ela desempenha um papel crucial na geração de empregos, produção de alimentos e exportações que contribuem para o PIB do país.
A cadeia produtiva do agronegócio representou 23,8% do PIB do Brasil em 2023, de acordo com dados calculados pelo Cepea/Esalq, em parceria com a CNA.
Mesmo com queda de 2,99% em relação ao ano anterior, este número é bastante expressivo.
E os números de mercado da pecuária contribuem com isso:
- 1º lugar entre os exportadores de carne bovina;
- 2º lugar entre os mercados consumidores;
- 3º maior produtor mundial de leite.
A criação de gado no Brasil é favorecida por várias questões positivas frente a outros players globais. A nossa pecuária leva vantagens em termos de:
- Clima;
- Formação de pastagens;
- Abundância de água;
- País livre de febre aftosa sem vacinação;
Investimentos em tecnologia que otimizam processos e ajudam a enxergar a fazenda como uma empresa lucrativa.
6 dicas para alcançar o sucesso na criação de gado
Para obter bons resultados e ficar mais próximo do sucesso é fundamental ter uma visão crítica. Ou seja, frente aos fatores que afetam o desempenho dos animais e a viabilidade econômica da atividade.
Acompanhe as 6 ações essenciais para conquistar ótimos resultados com a atividade.
1. Defina o sistema de criação
No Brasil, a criação de gado bovino está dividida em três grandes sistemas de produção:
- Extensivo;
- Intensivo;
- Semi-intensivo.
Eles se relacionam ao tipo de produção e ao espaço. Também impactam o padrão de intervenções nutricionais e tecnológicas adotadas.
Cada um desses sistemas tem suas particularidades. Por isso, exigem analisar qual melhor se enquadra às características da fazenda. Veja!
1.1. Criação extensiva
Esse sistema envolve a criação em grandes pastagens, com menor investimento.
Logo, este é um grande diferencial da pecuária brasileira, tanto que quase 90% dos rebanhos ficam em grandes áreas.
Entretanto, esse é um dos sistemas mais desafiadores na questão nutricional, porque requer reposição de minerais e suplementação no cocho.
1.2. Criação intensiva
No sistema intensivo o gado é criado em confinamento, com a alimentação no cocho.
Do ponto de vista de investimento, esse é o sistema mais caro, ao exigir uma dieta balanceada e estruturas específicas.
Em contrapartida, permite o controle total da criação, tanto na questão zootécnica quanto sanitária.
Ele está relacionado à terminação de gado de corte e também para vacas de leite de alta produção.
1.3. Criação semi-intensiva
O sistema semi-intensivo visa equilibrar o melhor das estratégias extensiva e intensiva.
Nele, os animais são criados a maioria do tempo soltos, mas são confinados para controle nutricional e manejo conectados ao objetivo do produtor.
Uma boa opção para o pecuarista é escolher este sistema como estratégia complementar. Quando há redução da pastagem, por exemplo, ele é usado até que o pasto se recupere.
Esse sistema também é comum na pecuária leiteira. Desse modo, as vacas ficam confinadas em momentos específicos para receber melhor alimentação e produzir melhor.
2. Priorize o conforto e o bem-estar animal
Para produzir bem, o gado precisa de conforto e bem-estar. Somente assim, a carne será de qualidade e o leite terá volume suficiente. Já a fazenda terá lucratividade!
Para isso, os animais não podem passar por situações de medo, estresse, doenças, fome, sede, desconforto e dor.
Nesse caso, a capacitação da mão de obra também é um diferencial.
Segundo reportagem da Revista DBO, a capacitação de pessoas na fazenda não pode ser considerada uma despesa.
Ao invés disso, é um investimento em maior produção e lucro, figurando no mesmo patamar da genética, nutrição e outras tecnologias.
3. Utilize o melhoramento genético a seu favor
De fato, os avanços tecnológicos impactam a pecuária de diversas formas. Mas se os animais não forem melhorados, os índices de produtividade avançam até um ponto e não evoluem mais!
A principal razão disso pode estar no melhoramento genético, ou a falta dele!
Assim, na criação de gado atual, o melhoramento genético tem tudo para contribuir com melhores índices de produtividade, resultando em:
- Melhora da conversão alimentar;
- Redução do intervalo entre partos;
- Produção de bezerros mais resistentes às condições locais;
- Leite de melhor qualidade, inclusive leite A2A2, que tem ganhado destaque na atualidade.
Em outras palavras, se você deseja ser um produtor de sucesso, ter um plano de melhoramento genético na fazenda é um passo interessante a ser dado.
Não tem dinheiro para investir em melhoramento? Então comece pequeno: use indicadores para selecionar os melhores animais da fazenda para a reprodução, realize os descartes corretamente e acompanhe os resultados.
Também vale utilizar a biotecnologia a seu favor. Elas podem impactar no desenvolvimento do rebanho de forma significativa. Entre elas, se destacam:
- Inseminação Artificial;
- Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF);
- Transferência de embriões.
4. Busque acompanhamento especializado
Muitas das dicas que citamos acima podem ser complicadas para pessoas menos experientes.
Por isso, outra dica importante é contar com o acompanhamento de especialistas. Cada detalhe destacado por um zootecnista, agrônomo ou médico veterinário pode ajudar você a alcançar o sucesso!
5. Escolha a raça adequada para seu sistema de criação
A variedade de raças de gado no mercado é muito grande. Considerando isso, é comum que algumas raças sejam melhores para carne e outras para leite.
Em relação ao gado de corte, este artigo da Connan explica que a raça escolhida deve ser facilmente adaptável ao clima brasileiro. Aqui, destacamos a Nelore, altamente adaptada ao clima tropical e resistente a parasitas.
Porém, a raça Angus, em cruzamento com zebuínas, vem ganhando espaço no mercado brasileiro.
Já na produção leiteira, algumas raças se destacam, como o gado holandês, Jersey, Gir, Guzerá e seus cruzamentos.
6. Privilegie a qualidade da nutrição animal
Por fim, mas não menos importante, temos a nutrição. Quando falamos neste tema, nos referimos às pastagens e à alimentação no cocho.
Afinal são eles que fazem o gado de corte engordar e a vaca leiteira produzir!
Portanto, invista na melhoria das suas pastagens, tornando-as vigorosas e ricas. Quando optar pela alimentação no cocho, elabore boas formulações.
Por fim, para otimizar custos e controlar a qualidade nutricional, uma boa recomendação é produzir a ração na própria fazenda.
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Produzir ração na própria fazenda é um diferencial estratégico interessante, a ponto de deixar a criação de gado mais próxima do sucesso.
Com ela, o pecuarista terá economia, eficiência, qualidade e flexibilidade nutricional.
Nossos projetos atendem produções de ração que vão desde 500kg/h a até 60ton/h, sempre com o mesmo padrão de eficiência e qualidade.
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