No Brasil, as pastagens suprem muito bem grande parte das necessidades do gado entre outubro e abril. Porém, depois desse período, a saúde e a alimentação de bovinos precisam receber uma atenção maior. Afinal, o inverno está chegando e os desafios aumentam.
Nesse período, oferecer ração no cocho e priorizar a saúde do gado podem ser estratégias para evitar o temido efeito sanfona. Ou seja, o gado engorda no verão, emagrece no inverno e precisa ganhar peso novamente no próximo verão.
Neste artigo, conheça algumas estratégias de saúde e suplementação para gado nessa época do ano. Para, então, lidar com dias mais frios e a baixa disponibilidade de forragem.
Produção pecuária no inverno: desafio para a alimentação de bovinos
Na época mais fria do ano, o bom desempenho e a maior produtividade da produção pecuária dependem da eficiência do planejamento. Logo, em questões como sanidade, performance e manejo.
Tais pontos são fundamentais porque o frio, ocorrências de geadas, baixo volume de chuva e risco de doenças respiratórias são grandes desafios enfrentados pelo pecuarista no período de inverno.
Segundo a reportagem do portal Giro do Boi, estima-se que cerca de 8% a 8,5% dos bovinos no País são afligidos com as Doenças Respiratórias Bovinas (DRBs) todos os anos. Isso exige uma atenção extra com a saúde dos animais do rebanho.
Além de garantir uma boa saúde, a manutenção da condição corporal adequada para o período também é imprescindível. Segundo artigo da Embrapa, esse escore é variável de acordo com a categoria animal, sexo, raça, entre outros fatores.
A existência de reservas de gordura no corpo dos bovinos exerce influência na capacidade deles em produzir calor. Assim, o rebanho consegue passar pelo período de inverno sem sofrimento e sem acarretar prejuízos financeiros para o criador.
Por isso, a qualidade do planejamento para enfrentar essa época do ano é um forte aliado do pecuarista. As estratégias podem fazer enorme diferença nessa atividade.
Como manter a saúde e reduzir o estresse de bovinos
Em fazendas de gado, alguns fatores costumam causar muito estresse nos animais, como:
- Estiagem intensa;
- Mudança de ambiente e de temperatura;
- Alteração de dieta;
- Poeira.
Também reduzem a imunidade, fazendo com que o ambiente se torne propício ao aparecimento de doenças virais e bacterianas, muito comuns no inverno. Desse modo, aumenta a susceptibilidade aos parasitas.
Por isso, implementar o calendário sanitário na fazenda é a melhor forma de evitar surtos de doenças no gado.
Esse calendário deve ser composto de datas de vacinação e o controle estratégico de endoparasitas e ectoparasitas. Assim como deve ser sempre acompanhado pelo médico veterinário responsável.
Além disso, durante o inverno, monitorar constantemente o gado é fundamental. Essa é a melhor forma de identificar prontamente quaisquer problemas e garantir ação imediata para evitar prejuízos zootécnicos e financeiros.
Neste caso, o olho do dono talvez não ajude a engordar o gado, mas certamente irá garantir a saúde.
Suplementação do gado no inverno
As temperaturas baixas e a falta de chuvas, comuns no inverno, são fatores que interferem significativamente no ritmo de crescimento das pastagens e na qualidade nutricional.
Ou seja, se o pecuarista não se planejar para oferecer algum tipo de suplementação para gado, o desempenho, crescimento e desenvolvimento tendem a cair.
Portanto, a produtividade é reduzida, podendo ocorrer perda de peso e menor desempenho zootécnico.
Isso exigirá um maior tempo de recuperação com a volta das chuvas, assim como mais gastos. Por isso, a suplementação é quase que uma exigência!
Entretanto, segundo reportagem do Canal Rural, essa é uma estratégia que demanda:
- Custos;
- Conhecimento técnico;
- Investimentos em insumos, infraestrutura, instalações, máquinas e equipamentos.
A reportagem destaca que não adianta gastar dinheiro para realizar a suplementação, sem ter condições de capitalizar esses ganhos na fase seguinte.
Assim, para a efetividade da estratégia, o produtor precisa seguir as recomendações técnicas e, novamente, ter um eficiente planejamento. Caso contrário, a expectativa de lucro pode ser frustrada.
Tipos de suplementação para alimentação bovina
As estratégias de suplementação para gado no inverno podem utilizar diferentes tipos de ingredientes durante a formulação de rações. Elas são divididas em volumosas e concentradas.
Suplementação volumosa
Tipo de alimentação bovina baseada na oferta de alimentação de bovinos em maior volume, mas com menor concentração de nutrientes.
As principais alternativas neste caso são:
- Silagens de milho, sorgo, capins ou cana-de-açúcar;
- Fenos (gramíneas ou leguminosas);
- Pré-secados (misto de silagem e feno).
Para esse tipo de suplementação, o pecuarista precisa investir em instalações, máquinas e equipamentos.
Também exige planejamento agrícola, visto que as forragens devem passar por todo o processo de plantio, manejos e colheita.
Suplementação concentrada
Baseada no fornecimento de alimentos de maior concentração de nutrientes, mas em menor volume.
Neste tipo de alimento, são utilizados:
- Sal com ureia;
- Proteinados;
- Misturas múltiplas.
O sal com ureia demanda baixo investimento, mas é bastante interessante para manter o peso dos animais durante o inverno.
O investimento em proteinados ou misturas múltiplas é maior. Em contrapartida, o ganho de peso também é mais elevado, dependendo do consumo desejado.
Esse tipo de suplementação também exige investimentos em insumos, infraestrutura, instalações, equipamentos para fabricação da ração, fornecimento e consumo do concentrado.
Além da suplementação, outra forma de melhorar a alimentação de bovinos no inverno é adotar o pastejo rotacionado, como explicado neste guia pela PRODAP. Essa é uma estratégia responsável por preservar a pastagem para esse período do ano.
Saiba mais: Fábrica de ração na fazenda: precisa ser registrada no MAPA?
Invista em bons equipamentos e aumente a qualidade da alimentação bovina
Como você viu, em períodos de seca e temperaturas mais baixas, promover a suplementação para o gado é uma excelente estratégia para manter um bom desempenho zootécnico e produtivo.
Consequentemente, fabricar a própria ração na fazenda pode ser uma opção bastante vantajosa.
Ao investir em uma fábrica de ração própria, o pecuarista terá uma série de vantagens, como maior flexibilidade e autonomia para elaborar e fabricar uma ração. Também terá total capacidade de controlar a qualidade da alimentação de bovinos.
Mas, para alcançar o sucesso na fabricação de rações na própria fazenda, é fundamental ter os melhores equipamentos à disposição, como os da CSJ.
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