No Brasil, a pecuária é pautada em um tripé que sustenta e confere dinamismo à produção. Ele é composto por genética, sanidade e manejo nutricional.
Somado à capacidade de gestão financeira e de pessoas, ele permite ao pecuarista alcançar uma margem satisfatória, com bons resultados zootécnicos e financeiros.
Mas, temos uma questão: como está a qualidade nutricional de seus animais? Você oferece suplementos e ração o ano todo?
Durante a época das chuvas, muitos pecuaristas têm, na vasta oferta de pastagens, uma possibilidade de reduzir custos. Por isso, não dão a devida relevância à oferta de suplementos e rações de qualidade.
Contudo, a eficiência produtiva depende de um manejo nutricional bem fundamentado, com volumosos e concentrados oferecidos o ano todo.
Isso permite os ganhos econômicos e zootécnicos da atividade.
Diante disso, elaboramos este artigo. Nele, entenda o que é manejo nutricional e as principais dicas para aplicá-lo.
As pastagens atendem à demanda do gado?
Com um rebanho com pouco mais de 234 milhões de cabeças, a pecuária brasileira é um dos pilares do agronegócio brasileiro.
E, segundo documento da Embrapa, o uso das pastagens como base alimentar confere uma grande vantagem para a pecuária brasileira.
As condições climáticas do Brasil permitem alta produção de forragem, principalmente quando aliadas às técnicas de manejo e adubação.
Porém, os autores deste documento explicam que os mais de 100 milhões de hectares de pastagens nem sempre são administrados adequadamente. “Há falta de conhecimento sobre suas condições fisiológicas de crescimento e composição nutricional”, destacam.
Diante deste cenário, a qualidade do manejo nutricional representa o planejamento e o controle da alimentação do rebanho.
Seja no período das chuvas ou da seca, a prática visa otimizar o desempenho produtivo e reprodutivo.
Para complementar o pasto, essas estratégias nutricionais constituem protocolos elaborados conforme as peculiaridades e necessidades dos animais.
Logo, além da importância dos cuidados com as pastagens, a oferta de suplementação e ração no cocho supre as carências e maximiza o ganho de peso do gado.
Quer realizar um manejo nutricional eficiente? Acompanhe 5 dicas!
Nas últimas décadas, a pecuária brasileira sofreu um grande ajuste nas margens de lucro.
Segundo um artigo da Rehagro, o setor entregava 50 a 70% de lucratividade. E, ao longo dos últimos 50 anos, tem números próximos a apenas 20% ou até menos.
Diante disso, um manejo nutricional não pode ser visto como um diferencial, mas sim uma obrigação para bons resultados.
Ao aplicar as melhores práticas nutricionais, sua fazenda terá ganhos de desempenho e aumentará a lucratividade durante o ano todo.
Veja as 5 principais dicas para alcançar este propósito!
1. Defina o objetivo do sistema produtivo
Na atividade pecuária, você pode adotar no ciclo completo ou em etapas específicas (cria, recria, engorda). Em qual você atua?
Essa resposta é fundamental, pois o manejo nutricional deve estar alinhado com os objetivos almejados para cada categoria.
Afinal, os requerimentos nutricionais variam conforme a categoria animal e a meta de desempenho produtivo. Veja exemplos:
- Bezerros exigem dietas com níveis de proteína e minerais superiores;
- Animais para engorda dependem de uma dieta mais energética.
Esse entendimento implica em planejar uma alimentação que garanta um bom desempenho sem perda de eficiência econômica.
Além dos objetivos relacionados à categoria, estabelecer o objetivo de ganho de peso também é fundamental.
Você planeja desmamar bezerros com 200 ou 250 kg, ou visa obter ganhos de 0,4 a 0,6 kg por dia na engorda? Essas metas devem ser traçados no manejo alimentar.
2. Planeje o manejo baseado na necessidade e disponibilidade
Para animais mantidos a pasto, a qualidade e a quantidade da forragem influenciam a produtividade animal.
Contudo, o pasto está sujeito à estacionalidade de produção, resultando em perdas quantitativas e qualitativas.
Para contornar isso, priorize o planejamento do manejo nutricional e realize-o antes do início do ciclo produtivo.
Com isso, há a garantia de que os níveis mínimos de nutrientes sejam oferecidos aos animais, atendendo suas exigências no período estabelecido.
Mas isso vale também para as chuvas? A resposta é sim!
Na primavera e no verão, quando as pastagens são favoráveis devido às chuvas regulares, você pode maximizar a produção com o uso de suplementos, mesmo que isso gere um alto custo.
Apesar disso, a Embrapa destaca que a suplementação animal também nas águas resultará na redução no período de engorda, com possíveis retornos econômicos.
Então, coloque tudo no papel e faça o planejamento prévio da alimentação do gado.
3. Faça a análise da viabilidade econômica da estratégia
Essa dica está relacionada com o ponto apresentado anteriormente. Para verificar se vale a pena suplementar o gado o ano todo, realize um estudo da viabilidade econômica dessa estratégia.
De nada adiantará colocar no cocho a melhor ração se ela não for favorável economicamente.
Considere que a produtividade dos seus animais deve pagar o investimento realizado com o manejo nutricional diferenciado!
Ou seja, antes de qualquer decisão, estude o custo-benefício desta estratégia. Para isso, considere os seguintes parâmetros:
- Custo da ração e dos insumos;
- Tempo de suplementação;
- Indicadores relacionados à categoria animal (ganho de peso, taxa de desmame, taxa de desfrute, etc.).
Essa análise garante que o sistema apresente índices produtivos adequados com rentabilidade.
Importante ressaltar que os cálculos de custos diretos devem considerar toda a logística e a operação envolvida no programa nutricional.
Neste caso, vale uma dica extra: você sabia que você pode reduzir estes custos e aumentar a viabilidade do seu projeto nutricional? Basta montar uma fábrica de ração na própria fazenda!
Não sabe como proceder? Então acompanhe este material completo e veja um passo a passo:
4. Monitore seu manejo nutricional continuamente
Em qualquer área, monitorar e controlar dados é fundamental para o sucesso do negócio.
Na bovinocultura não é diferente, principalmente quando as margens de lucro associadas à atividade são reduzidas.
Ou seja, após realizar um bom planejamento e mensurar a viabilidade da estratégia, é fundamental que você monitore a aplicação do manejo ao longo do processo.
Com isso, você avalia a causa de desvios e pode intervir com proatividade.
5. Treine sua equipe
O bom manejo nutricional depende da colaboração dos funcionários.
Portanto, considere sua fazenda como se fosse uma empresa (o que, de fato, ela é) e faça com que todos tenham o mesmo propósito: o sucesso da criação de gado!
Para isso, capacite regularmente a mão de obra! Tal medida exerce grande influência no êxito de todo sistema de produção.
Mais do que isso, investir em treinamentos específicos permite que as pessoas desempenhem o seu papel com qualidade e eficiência, aumentando as possibilidades de lucro.
Produza rações na própria fazenda!
Você viu até aqui que o manejo nutricional envolve vários processos que aumentam a produtividade da atividade. Mas, para suplementar o gado todo o ano, é necessário otimizar custos.
Neste caso, produzir a ração animal na propriedade representa uma solução estratégica para pecuaristas. Com ela, é possível obter economia, eficiência e flexibilidade, sem que a qualidade nutricional seja afetada.
Para atender essa demanda, a CSJ possui soluções para fabricar a ração do gado na fazenda.
Nossos projetos atendem a produções de 500kg/h até 60ton/h de ração, sempre com a máxima segurança e economia.
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