No Brasil, a grande maioria da carne bovina é produzida em regime extensivo. Essa particularidade aumenta a competitividade do nosso produto, porém exige atenção para o manejo do pasto.
Ele é representado pelas práticas que priorizam a qualidade e quantidade da forragem, mas sem que isso afete o desenvolvimento da pastagem e a qualidade do solo.
Diversas práticas, relacionadas ao manejo do pasto, podem ser realizadas com este propósito. Então, quais são as melhores?
Acompanhe este artigo e conheça!
O território brasileiro tem milhões de pastagens degradadas!
As condições de clima e a extensão territorial são particularidades que definem uma característica importante da pecuária brasileira: ter 95% do rebanho criado em pastagens!
Este é um dos pilares da criação de gado no Brasil. Com a criação extensiva, temos um dos menores custos de produção do mundo, especialmente em comparação com o confinamento realizado nos EUA.
Além disso, o Brasil oferece produtos com grande potencial para conquistar mercados mais exigentes, principalmente com o chamado “boi verde” ou “boi de capim” (grass-fed beef).
Porém, nem tudo são flores para a pecuária nacional! Um artigo da Embrapa destacou que o Brasil possui:
- 40% apresentam vigor vegetativo médio e sinais de degradação;
- 20% apresentam degradação severa.
Essas são áreas que apresentam significativa redução da capacidade de suporte e produtividade.
Logo, as propriedades rurais precisam adotar atitudes de manejo eficazes para a recuperação dessas pastagens. Mas, tão importante do que resgatar o vigor da área, é adotar práticas para que isso não seja necessário.
Como? Por meio do manejo de pastagem! E é sobre isso que você acompanhará a seguir.
O que é o manejo de pasto?
A pecuária é pautada em importantes pilares: genética, sanidade, reprodução e nutrição. Quando estes pontos são bem gerenciados, os desempenhos zootécnicos e sanitários serão melhorados, trazendo lucro para a propriedade.
No sistema extensivo, a nutrição é uma ferramenta que aumenta a eficiência do gado, exigindo um eficiente manejo de pastagens.
Segundo documento da Embrapa, este é um processo assim definido:
“Conjunto de ações que visa obter do rebanho a maior quantidade de carne e leite que o animal pode produzir por área, sem afetar o desenvolvimento da forrageira e a qualidade do solo.”
O objetivo é manter a estabilidade e produtividade do capim, visando maior produção animal, seja para a pecuária leiteira ou de corte.
Quando realizada adequadamente, essa prática gera três consequências positivas:
- Aumento da quantidade e da qualidade da pastagem;
- Perenidade das forrageiras e maior qualidade do solo, evitando ocorrências de degradação, compactação e erosão;
- Aumento da capacidade de suporte de animais.
4 práticas de manejo de pastagem
O grande desafio do pecuarista, ao manejar o pasto, é ofertar quantidade adequada e qualidade superior do capim para satisfazer as exigências nutricionais do rebanho.
Diante das definições, você deve estar se perguntando: Qual é o melhor sistema de pastagem?
Antes de dar a resposta, você precisa entender que o sistema de manejo ideal é aquele que permite maximizar a produção animal sem afetar a persistência das plantas forrageiras.
Dito isso, adiantamos que a escolha é complexa e vai além das técnicas de pastejo, haja vista a série de variáveis, como a planta forrageira, o animal, o clima e o solo.
Desse modo, qualquer sistema pode oferecer um ótimo desempenho animal, desde que seja bem gerenciado.
Ele está relacionado com:
- Disponibilidade da forragem;
- Proporção de folhas na pastagem;
- Digestibilidade;
- Consumo de forragem.
Então, somente através do conhecimento e alocação correta dos fatores de produção, relação entre solo, clima, planta forrageira e animal é que será possível obter produtividade e rentabilidade favoráveis.
Ao mesmo tempo, deve garantir a sobrevivência da espécie forrageira presente na área. Para isso, há 4 práticas que merecem atenção. Acompanhe!
1. Escolha a melhor forrageira para a área
O Brasil é muito diversificado quanto ao tipo de solo e clima. Logo, há forragens que se adaptam melhor a uma região, mas não produzem bem em outra.
Por isso, é essencial selecionar a espécie ideal para a propriedade e que seja adaptada ao clima regional. Para isso, avalie:
- Potencial produtivo:
- Persistência;
- Capacidade de rebrotação após pastejo:
- Valor nutritivo.
Também é necessário analisar o tipo de fazenda e da atividade (cria, recria, engorda).
2. Defina como será o sistema de pastejo
Na pecuária, há três tipos de manejo de pasto.
Sistema contínuo
Envolve o uso de toda a área de pasto por uma temporada inteira. Ele facilita o manejo e minimiza custos gerais. Porém, não garante altas taxas de lotação, reduzindo a eficiência.
Sistema rotacionado
A pastagem é subdividida em piquetes (áreas menores). Estes são utilizados ao longo do tempo, um em seguida do outro. Assim, quando uma região tem seu volume de massa diminuído, os animais são conduzidos para outra.
Esse sistema permite descanso da pastagem e alimentação de qualidade para o gado.
Sua principal vantagem é a capacidade de produzir mais forragem. A movimentação dos animais entre os piquetes também ajuda a distribuir estrume sobre toda a área.
Sistema diferido
Neste sistema a pastagem é deixada em descanso, sem a presença de animais, por um determinado período.
Esse é um tipo de manejo que deve ser adotado para acumular forragem (capim) para o uso posterior, em geral, no período de escassez de forragem, como o inverno.
3. Controle as plantas daninhas
Para evitar prejuízos, as plantas daninhas devem ser controladas. O melhor a se fazer é a prevenção do aparecimento. Ou seja, optar por métodos eficientes na manutenção da praga, que podem ser:
- Preventivos – uso de sementes certificadas;
- Mecânicos ou físicos – roçada;
- Químicos – uso de herbicidas com seletividade à forrageira;
- Integração de métodos: emprego de duas ou mais medidas, como o mecânico e o químico.
4. Realizar uma boa adubação
Outra prática comum é a adubação. Afinal, solos bem nutridos são mais produtivos.
É importante ter a ajuda de um profissional com conhecimento em nutrição do solo. Ele terá capacitação técnica para indicar os melhores corretivos e fertilizantes, conforme a análise do solo, visando uma pastagem mais vigorosa.
Com a adubação correta, a produção da fazenda aumenta, indicando um investimento lucrativo.
Animais bem nutridos têm melhores resultados!
Como você viu até aqui, a grande maioria do gado brasileiro engorda a pasto. Logo, são as forragens que fornecem os nutrientes necessários para o rebanho.
Em outras palavras, pastos bons melhoram a alimentação do gado, aumentando a produtividade. As práticas que apresentamos neste artigo vão ajudar.
Porém, se você cogita ter resultados ainda melhores, especialmente na estiagem, a suplementação animal torna-se uma excelente alternativa.
A recomendação de especialistas é realizar essa prática tanto com volumosos quanto com concentrados (ração).
Neste caso, ter uma fábrica de ração na própria fazenda torna-se um diferencial interessante.
Ao investir na fabricação própria, o pecuarista terá flexibilidade e autonomia para formular a ração mais adequada para as necessidades. Também terá total capacidade de controlar a qualidade da produção.
Para isso, é fundamental ter a melhor fábrica de ração à disposição, como os tipos fabricados pela CSJ.
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