O desenvolvimento da pecuária leiteira brasileira depende do acompanhamento dos avanços tecnológicos! É preciso apostar em novas ferramentas para garantir a produtividade e qualidade da produção.
Ficou curioso? Então continue a leitura para conferir as principais informações sobre o assunto.
Vamos lá?
Panorama atual da pecuária leiteira brasileira
A pecuária leiteira brasileira tem sofrido com algumas oscilações do mercado! O setor registrou uma retração de 5,05% na captação de leite, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA).
Isso significa que, em 2022, foram captados 23,8 bilhões de litros, contra 25,1 bilhões em 2021.
Alguns fatores explicam essa queda, sendo o valor dos insumos para a produção o principal motivo. Muito disso se dá ao conflito entre Rússia e Ucrânia, em 2022, que valorizou as commodities agrícolas.
Em resultado, as margens de lucro se tornaram cada vez menores para o produtor. Assim, tal fator causou a saída de diferentes profissionais desse ramo de atuação.
Para acrescentar, no conjunto dos últimos 3 anos, a inflação acumulada do setor foi de 50% na “Média Brasil” (MG, PR, RS, SC, GO, SP, BA). Além disso, somam-se os custos da dieta total dos animais, seja em rações concentradas ou na produção na propriedade.
Entretanto, o Anuário de 2023 da Embrapa demonstra uma certa estabilidade na produção de rações animais. Isto é, esse setor cresceu 1,3%, em 2022, com a produção total de 82 milhões de toneladas de rações.
No mesmo período, o gado leiteiro consumiu 6,5 milhões de toneladas de rações.
Leia também: Os benefícios de produzir rações para animais em sua propriedade: nutrição, saúde e qualidade de vida
Produtividade e pecuária 4.0: qual é a relação?
Em busca da estabilidade e produtividade, a expectativa é de que o setor encerre 2023 com um aumento produtivo de 1% a 2%, segundo o Globo Rural.
Apesar de tímido, esse é um importante resultado da busca pelo equilíbrio entre oferta e demanda.
Já em fevereiro deste ano, o COE na Média caiu 0,61%. Isso se dá pela também queda do preço dos insumos.
A esperança é de que o avanço desses custos seja contido devido à safra brasileira que foi recorde de grãos no ciclo 22/23. Ela deve melhorar a relação de troca entre leite, milho e soja.
Diante disso, ainda conforme o Globo Rural, um comportamento esperado é de que os produtores comecem a apostar na produtividade. Segundo a Embrapa, citada pela matéria, as grandes bacias leiteiras do país estão equiparadas às de países que são referência em captação leiteira, com relação a produtividade.
Portanto, os avanços tecnológicos se tornam essenciais para contornar o cenário de incertezas e recuperação tímida. Isto é, a inovação é fundamental para garantir o desenvolvimento saudável da produção, em busca da estabilidade.
Apesar de o investimento ser alto, o resultado tende a retornar de forma gradativa, colaborando com a expansão da comercialização. Contudo, é essencial realizá-lo com base nas reais necessidades de cada negócio.
Logo, a pecuária 4.0 é um movimento que precisa ser colocado em prática no setor. Aqui, a pecuária leiteira se inspira na transformação digital da 4ª Revolução Industrial.
Ou seja, são usados desde sistemas ciber-físicos, até processos descentralizados e Internet das Coisas (IoT).
Essas inovações tecnológicas são responsáveis por otimizar e aprimorar toda a cadeia produtiva. Elas garantem redução de erros e falhas e, consequentemente, maior controle de qualidade e lucratividade. Tudo isso graças ao aumento da produtividade.
Exemplos de inovações tecnológicas da pecuária de leite nacional
O setor nacional da pecuária do leite já tem apostado em algumas tecnologias da pecuária 4.0. Até porque essas ferramentas colaboram com o desenvolvimento do negócio, seja em cenários adversos ou não.
Segundo a Forbes, por exemplo, os drones são grandes exemplos desse movimento. As câmeras de boa qualidade e de pequeno porte são excelentes para o monitoramento do rebanho e facilitação da identificação de pragas e falhas.
Além dele, é possível usar ferramentas tecnológicas como:
- Telemetria: otimiza a alimentação dos animais por indicar melhores áreas de pasto, com dados sobre o solo;
- Sensores IoT: ajuda a indicar informações sobre a saúde e estado do animal, como ovulação, passagem do leite e comportamento. Eles são colocados em colares;
- Robótica: muito usado em máquinas de ordenha capazes de controlar o processo automaticamente. Elas coletam e geram dados que contribuem com o processo, desde o manejo até a suplementação necessária;
- Softwares de gestão: possibilita a gestão de todas as etapas da produção do leite até a comercialização. Facilita com tomadas de decisões estratégicas devido a análise de dados e previsibilidade;
- Instalações e equipamentos automatizados: instalações mecânicas e automatizadas colaboram com o manejo e nutrição dos animais. Além disso, os equipamentos modernos para a fabricação da ração também contribuem com a precisão e qualidade da nutrição.
Ainda segundo a Forbes, as propriedades da pecuária leiteira que utilizam essas tecnologias obtiveram um aumento de 11,1% na produtividade, desde 2018.
Isso significa que, em média, 29,81 quilos de leite foram produzidos por animal diariamente.
Próximo passo
Como vimos ao longo do texto, a pecuária leiteira brasileira tem tentado se recuperar das instabilidades do mercado nos últimos anos. A expectativa é de que o ano se encerre com um crescimento, mesmo que tímido.
De todo modo, seja para enfrentar e contornar as adversidades, ou para ampliar as oportunidades, as tecnologias são ferramentas essenciais para a garantia da produtividade e do desenvolvimento gradativo do setor.
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